(adjudica mais um freguesia “Cacilhas” a empresa privada)
A Câmara Municipal de Almada em 2004 lançou um Concurso Público, tendo como objectivo a prestação de serviços de lavagem e varredura dos passeios e vias das Freguesias de Almada, da Cova da piedade e da Costa de Caparica, tendo sido adjudicado á empresa SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A pelos seguintes valores globais: LOTE 1 – Freguesia de Almada: €160.260,12; LOTE 2 – Freguesia da Cova da Piedade: €143.338,20; LOTE 3 – Freguesia da Costa de Caparica: €143.338,20. O total dos três lotes (S/IVA), perfez o montante de €446.936,52 (quatrocentos e quarenta e seis mil novecentos e trinta e seis euros e cinquenta e dois cêntimos).
Em
Foi adjudicado, ás empresas, ECOAMBIENTE, SA e CESPA Portugal, SA e á empresa, RECOLTE Recolha, Tratamento e Eliminação de Resíduos, SA, pelos valores globais:
LOTE 1 – Freguesia de Cacilhas: €76.919,85; LOTE 2 – Freguesia de Almada: €140.377,58; LOTE 3 – Freguesia da Cova da Piedade: €113.458,93; LOTE 4 – Freguesia da Costa de Caparica: €113.824,49.
O total dos 4 (quatro) lotes (C/IVA), perfaz o montante de €444.580,85 (quatrocentos e quarenta e quatro mil quinhentos e oitenta euros e oitenta e cinco cêntimos).
Os valores dos três lotes em 2004, (S/IVA) foi de €446.936,52 e o valor de quatro lotes em 2008 é de €444.580,85 (IVA incluído). Verifica-se que em 2004, os valores (mesmo sem IVA) pagos pelos 3 lotes foram mais caros €2.355,67 que em relação á actual adjudicação, (2009).
O SINTAP comparou os concursos de 2004 e 2008, e verificou existir alterações inquietantes, a médio e longo prazo.
Aumentou-se o número de empresas privadas, passou de uma para duas, dividindo entre elas os lotes; a empresa ECOAMBIENTE, SA e CESPA Portugal, SA, ficou com os Lotes n.º1 e 4; a empresa, RECOLTE Recolha, Tratamento e Eliminação de Resíduos, SA, ficou com os Lotes n.º2 e 3; aumentou-se o número de Freguesias, abrangidas pelas empresas privadas, em 2004 eram 3 (três), Almada, Cova da Piedade e Costa da Caparica, actualmente são 4 (quatro) Cacilhas; Almada; Cova da Piedade e Costa de Caparica, (O Concelho de Almada, tem 11 Freguesias).
Mas o que é mais misterioso para o SINTAP é como é possível, pagar-se menos e aumentar-se mais uma Freguesia. Segundo os dados que o SINTAP apurou no terreno, tudo se deve porque as referidas empresas praticam baixos salários e utilizam trabalhadores com vínculo precário. Segundo o testemunho de um Trabalhador, de uma dessas empresas. Eles têm um contrato de trabalho a termo certo; não tiveram formação para o desempenho da sua actividade; recebem a RMMG 450,00; subsídio de alimentação cerca de 5,00€; subsídio de assiduidade no valor de 32,00€; têm um horário de trabalho das 14h ás 21horas; trabalham de segunda a segunda com um dia de folga pelo meio; os dias de trabalho ao sábado e domingo são pagos como dias de trabalho normal; utilizam instalações da autarquia de Almada, que por sinal, á anos atrás foram desactivadas por não terem condições mínimas para os trabalhadores as utilizarem.
Os trabalhadores destas empresas, são mais baratos, trabalham mais dias de trabalho, não tem protecção sindical.
A Câmara Municipal de Almada fomenta a precariedade, e alimenta empresas que praticam baixos salários e mão-de-obra desqualificada/sem formação.
Esta decisão da autarquia de Almada, de enveredar pela adjudicação de serviços, que são da sua competência a empresas privadas do sector, não é novidade e é claramente economicista e pouco ética, em virtude da camisola que veste á 35 anos. O SINTAP, já alguns anos, que alerta os Trabalhadores para o caminho que a autarquia sorrateiramente tem vindo a talhar. A Câmara Municipal de Almada, aposta na contratação de trabalhadores em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo 4 meses (estes contratos nunca se traduzem em tempo indeterminado), que depois vão parar ao desemprego.
No próximo concurso público que a câmara Municipal de Almada lançar, vai adjudicar mais uma ou mais freguesias a privados, entretanto vai reduzindo Trabalhadores, dos seus mapas de pessoal, e limita o trabalho extraordinário. Para que possa levar a cabo o seu sórdido plano de privatizar o sector da limpeza pública a 100%, vai alimentando (fazendo alguns favores) alguns ditos representantes dos trabalhadores, que não têm escrúpulos, e que têm como modo de vida “Viver não custa, o que custa é saber viver”, que fingem não saber de nada, corroborando as intenções da autarquia de Almada.
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