"A autarquia está a prometer mais vagas do que as que consegue garantir, vagas que não existem", disse à Lusa Ermelinda Toscano, que é também cabeça de lista do BE à Assembleia de Freguesia de Cacilhas.
"Isto é: dos 134 postos de trabalho permanentes agora criados, 46 são para lugares fantasma -- 2 na categoria de encarregado operacional e 44 na carreira de assistente operacional -- pois excedem o limite autorizado pela Assembleia Municipal, conforme estipulado por lei", acrescentou.
Segundo a candidata, que sublinha que "esta denúncia é feita a título pessoal e não pelo BE", "a autarquia está a criar falsas expectativas nos concorrentes. Indo avante, o concurso pode ser considerado nulo", diz.
Para Aníbal Moreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) de Setúbal, esta situação é "uma jogada eleitoral à conquista de voto" e "uma prática de um emprego, um voto".
"Há um claro favoritismo eleitoral para satisfazer os inúmeros trabalhadores que ao longo deste mandato se têm encontrado em precariedade laboral, prática desta autarquia ao longo deste mandato", defendeu o dirigente do sindicato filiado na UGT.
O sindicalista sublinhou que "a abertura de vagas por parte da autarquia agrada ao sindicato", mas ressalvou que "é preciso perguntar por que surge isto agora, a meia dúzia de dias das eleições, de forma descontrolada e nem sequer prevista nos mapas de pessoal".
Contactada pela agência Lusa, a Câmara Municipal de Almada (CMA) afirmou que os seus serviços "trabalham dentro do quadro legal" e sublinhou que "na CMA se cumpre escrupulosamente a lei e |dela| se retira o máximo de benefícios possíveis para os trabalhadores".
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