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Docapesca fecha lotas e despede uma centena de funcionários

domingo, 30 de março de 2008


Nelson Morais


A reestruturação da empresa pública Docapesca vai levar ao despedimento de uma centena de funcionários, afirmou, ontem, na Praia de Mira, o secretário de Estado adjunto da Agricultura e das Pescas.


Luís Vieira confirmou também que serão suprimidos postos de vendagem de pescado com pouco movimento. O governante não os quantificou, mas outra fonte da tutela adiantou que estão nessa lista negra cerca de metade das actuais 56 lotas do país, onde trabalham 561 pessoas.

No âmbito da inauguração das novas instalações da lota da Praia de Mira, que movimentou 1.100 toneladas de peixe em 2007, Luís Vieira disse que a extinção de postos de trabalho e de vendagem é a única forma de endireitar as contas da Docapesca.


"Neste momento, a empresa está em falência técnica", observou, contabilizando "prejuízos acumulados de três milhões de euros". Este plano de redução de custos corresponde a uma das quatro soluções propostas pelo estudo que o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas encomendou à consultora Tecninvest.


Outro dos cenários propostos do estudo passava pela privatização da Docapesca, mas o Governo entendeu que, de momento, "o sector privado não tem maturidade suficiente" para assumir tal concessão, começou por afirmar o secretário de Estado.


Momentos depois, ainda em resposta ao JN, Luís Vieira adiantaria outro motivo, que não a falta de maturidade, para o Governo não optar (já) pela privatização da Docapesca. "Esperamos que, no espaço de dois anos, a empresa esteja financeiramente recuperada.


Nessa altura, poderá ser privatizada", declarou.A reestruturação da empresa passará também por aumentar a concorrência entre compradores de peixe nas lotas, para valorizar o preço do pescado na primeira venda e aumentar os rendimentos de pescadores e armadores.

Embora a concentração de postos vendagem, por via do encerramento de parte deles, possa por si só aumentar a concorrência nas lotas, o Governo quer ir mais além.


Particulares nas lotas


Os planos do Ministério de Jaime Silva passam também por alargar o acesso às lotas a todos os particulares, incluindo, por exemplo, empresários da restauração.


Esta medida pretende acabar com acordos que os revendedores são acusados de fazer, entre si, para controlarem os leilões das lotas e comprarem os cabazes de peixe pelo preço mais baixo possível, explicou fonte do gabinete do ministro.


O problema desse tipo de actuação, que é costume provocar situações de conflito nas lotas, é que os revendedores acabam por ter margens de lucro bastante superiores às dos armadores e dos homens que vão ao mar.

1 comentários:

Anónimo disse...

Caro Senhor Aníbal Moreira,
A Docapesca é uma nebulosa com buracos negros na Admnistraçao Portuguesa.
A Docapesca serve por exemplo para organizar os leiloes da 1ª venda de pescado.
A realidade é que nesses leiloes ou lotas a Docapesca vende todo o tipo de peixe, nem sempre português, nem sempre europeu, venha donde vier e nao é preciso ser armador nem respeitar regulamentos.

Basta respeitar a Docapesca (Portos e Lotas, S.A. sabe-se lá a favor de quem e de quais interesses obscuros)

Obrigado pelo seu blogue,
Cumprimentos,
FilipeAlvesFerreira#4(1942)

13 de janeiro de 2009 às 13:27