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Guiné-Bissau: Greve inédita paralisa Ministério das Finanças

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008


Uma greve inédita de vários departamentos do Ministério das Finanças da Guiné-Bissau hoje iniciada promete paralisar durante três dias um dos mais importantes sectores da administração pública guineense.

De acordo com António Araújo Miranda, porta-voz do comité sindical dos trabalhadores do Ministério das Finanças, a greve foi convocada, entre outros motivos, para mostrar o desagrado dos funcionários em relação aos recentes acontecimentos registados naquele departamento estatal dirigido pelo ministro Issuf Sanhá.

O comité sindical acusa o ministro Issuf Sanhá de não ter dado explicações sobre a forma como recentemente foram admitidas 15 pessoas na Direcção-Geral do Orçamento, sem concurso público e numa altura em que estão em curso medidas de saneamento das Finanças Públicas que, entre outras, preconiza que não podem ser admitidos mais funcionários para a administração estatal.

O sindicato acusa ainda o ministro Sanhá de ter contratado duas empresas, uma de limpeza e outra de jardinagem, para prestarem serviços ao ministério das Finanças, sem concurso público, como manda a lei do país.


Os funcionários alegam ainda como motivo para a greve, o facto de serem prejudicados no momento de recepção de salários em atraso, uma vez que são os últimos a receber os ordenados. «Somos os responsáveis pelos pagamentos, mas somos sempre os últimos a receber. Às vezes ficamos sem receber quando o dinheiro não chega para pagar todos os ministérios. Isso não pode continuar», disse à Agência Lusa, Maria Silva, do comité sindical.


A Lusa constatou que as direcções-gerais do Tesouro Público, Orçamento, Direcção-Geral das Contribuições e Impostos e os serviços de expediente do próprio Ministério das Finanças encontravam-se encerrados durante o período normal do trabalho na Guiné-Bissau, das 08 da manhã às 16:00.


A Lusa tentou obter uma reacção no Ministério das Finanças, mas todos os responsáveis contactados escusaram-se a prestar declarações sob a alegação de falta de autorização superior.


O ministro das Finanças guineense encontra-se em missão de serviço nos Estados Unidos, juntamente com o primeiro-ministro, Martinho N'Dafa Cabi.


Diário Digital / Lusa

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